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Agro de SP: Registra nova alta de 11,2% nas exportações e se mantém como líder nacional

Foto do escritor: Neudo NegreirosNeudo Negreiros

Aumento nas vendas de café, suco de laranja, açúcar e produtos florestais impulsionou resultado positivo

As exportações do agronegócio do estado de São Paulo registraram uma alta de 11,2% no acumulado de janeiro a outubro de 2024 em relação ao mesmo período do ano passado, alcançando US$ 25,7 bilhões. Com o resultado, São Paulo permanece na liderança entre as exportações do agronegócio brasileiro.

Já as importações do setor somaram US$ 4,7 bilhões, resultando em um superávit de US$ 21 bilhões na balança comercial do agronegócio paulista. Esse saldo positivo representa um aumento de 11,2% em relação ao mesmo período do ano anterior, reforçando o impacto positivo do setor no comércio exterior do estado.

O levantamento é da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta), do Instituto de Economia Agrícola (IEA-Apta), vinculado à Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo. Os dados mostram a importância do agronegócio ao analisar o total das exportações do estado de São Paulo. Entre janeiro e outubro de 2024, o setor respondeu por 43,6% das exportações paulistas.

Principais produtos de exportação

  • Complexo sucroalcooleiro: 40,7% de participação no agro paulista, com US$ 10,48 bilhões, com o açúcar representando 93,0% e o etanol 7,0%.

  • Carnes: 11,2% de participação, somando US$ 2,89 bilhões, sendo a carne bovina responsável por 84,1%.

  • Produtos florestais: 10,3% de participação, na ordem de US$ 2,66 bilhões, com 55,2% em celulose e 37,2% de papel.

  • Sucos: 9,1% de participação, com US$2,34 bilhões, dos quais 98,2% foram sucos de laranja.

  • Complexo soja: 8,5% de participação, registrando US$ 2,18 bilhões, com a soja em grão correspondendo a 77,1%.

Esses cinco setores representaram 79,8% das exportações agropecuárias do estado. O grupo café, tradicional no estado de São Paulo, registrou 4,1% de participação e atingiu vendas de US$ 1 bilhão, com aumento de 41,4% em relação ao ano passado.

Entre os produtos, destacaram-se aumentos nas exportações de café (+41,4%), sucos (+30,6%), complexo sucroalcooleiro (+23,9%) e produtos florestais (+18,9%). No entanto, o complexo soja apresentou queda significativa (-35,0%), refletindo as oscilações tanto nos preços quanto nos volumes exportados.

São Paulo no contexto nacional

São Paulo segue na liderança das exportações de produtos agropecuários no Brasil, com uma participação de 18,4% do total nacional entre janeiro e outubro de 2024, superando Mato Grosso (16,9%) e Paraná (11,3%). O estado destacou-se em grupos específicos, como sucos (83,7% da exportação nacional), complexo sucroalcooleiro (63,1%), e produtos alimentícios diversos (73,9%), confirmando a importância desses setores para o agronegócio brasileiro.


Agronegócio no Brasil: um panorama da importância, oportunidades e desafios no país

Responsável por 25% do PIB em 2022, o agro do país investe em tecnologia para se manter entre os maiores exportadores mundiais de alimentos e fibras através da modernização da produção agrícola.


As mudanças e investimentos realizados nos últimos 40 anos transformaram o agronegócio no Brasil em um dos pilares da economia e do desenvolvimento do país. 

Além do seu impacto local, o setor também trouxe protagonismo à produção agropecuária brasileira frente ao cenário internacional. Por conta disso, o Brasil consolidou sua posição como um dos principais players do mercado global de produção e exportação de alimentos. 

Para se ter uma ideia, de acordo com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), em 1977, o país produzia cerca de 46 milhões de toneladas de grãos. 

Em comparação, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estima que somente na safra 2022/23 o país produza mais 300 milhões de toneladas de grãos. Isso significa que nos últimos 40 anos, o Brasil aumentou sua produção de grãos em mais de 500%. 

Nesse mesmo período, outros produtos agropecuários brasileiros, como frango, leite e fruticultura, também apresentaram um crescimento significativo.

Além de reforçar a posição do país no ranking de produção mundial de alimentos, esses dados indicam que investir em conhecimento, inovações e tecnologias no campo, é a solução ideal para superar desafios e aumentar a produtividade do agricultor. 

Para comprovar isso, basta avaliar a história do agronegócio no Brasil e os resultados do setor. Por esse motivo, neste artigo, você vai entender a importância da produção agropecuária brasileira, seu processo de transformação e o que esperar para o futuro do agro com a modernização da produção agrícola.

Boa leitura! 

A história do agronegócio no Brasil

O agronegócio brasileiro se supera ano após ano, posicionando o país como uma das potências mundiais do setor e grande produtor e exportador de diferentes produtos, como soja, milho, celulose, café, carne bovina e de frango, açúcar e suco de laranja.

O agronegócio brasileiro se supera ano após ano, posicionando o país como uma das potências mundiais do setor e grande produtor e exportador de diferentes produtos, como soja, milho, celulose, café, carne bovina e de frango, açúcar e suco de laranja. 

Mas nem sempre foi assim! O Brasil se consolidou como um player global nesse setor nos últimos 25 anos. Entenda o processo de consolidação desse setor brasileiro nos próximos tópicos.

A origem da agricultura no Brasil

A história da produção agrícola no Brasil começou pouco depois da chegada dos portugueses. Teve início na região Nordeste, no século XVI, com o cultivo da cana-de-açúcar.

As primeiras mudas chegaram ao Brasil em 1933. Eles acreditavam nas palavras de Pero Vaz de Caminha, que dizia: “aqui se plantando, tudo dá”. 

Só a partir do século XVIII começou a atividade cafeeira. Essa cultura, importante para o agronegócio no Brasil, propiciou o desenvolvimento de diferentes regiões, sobretudo a partir do século XIX quando o café passou a liderar as exportações, logo após o declínio da mineração.

Mas a atividade começou a entrar numa crise global por volta de 1900, provocada principalmente pela queda dos preços da saca do grão no mercado internacional. Processo que levou o Brasil à maior diversificação da atividade agrícola.

Essa mudança ganhou força principalmente a partir da década de 1940, com o aumento da urbanização do país e a necessidade de maior produção de matérias-primas.

A modernização da agricultura brasileira

Apesar do início da diversificação, a agropecuária brasileira não apresentava muita inovação em meados do século passado. Prevalecia o trabalho braçal. Naquela época, menos de 2% das propriedades rurais contavam com máquinas agrícolas.

Segundo o portal “A Trajetória da Agricultura Brasileira”, da Embrapa, praticamente não existiam pesquisas no país.

Faltavam conhecimentos sobre solos e variedades, eram escassas as recomendações de manejos e as tecnologias da informação eram quase desconhecidas no campo.

O resultado era o baixo rendimento por hectare e pequena produção, que passou a ser insuficiente para atender à demanda interna, num período de industrialização e crescimento populacional.

O agronegócio no Brasil iniciou uma fase de modernização entre 1960 e 1970. Um marco foi a criação da Embrapa em 1973, que, com o tempo, estabeleceu unidades de pesquisa em diferentes regiões do país, trabalhando com variadas culturas.

Esse foi um passo fundamental para fomentar a reestruturação produtiva no campo, por meio da incorporação de tecnologias e da expansão agrícola para novas fronteiras, como o Cerrado. 

Um dos frutos desse processo de desenvolvimento do agro brasileiro foi a adesão a métodos agrícolas que melhoram a qualidade do solo. 

A adesão a boas práticas agronômicas possibilitaram realizar o plantio sem precisar revolver o solo, rotacionando culturas e utilizando da palhada como cobertura. O Sistema de Plantio Direto (SPD) passou a ser adotado no país, que hoje é referência mundial nessa prática.

Com o tempo, a agricultura brasileira tornou-se terreno fértil para diferentes tecnologias disruptivas

Com o avanço da engenharia genética, e a chegada das biotecnologias, muita coisa mudou no melhoramento. O desenvolvimento de novas cultivares com diferentes atributos genéticos ficou mais preciso, eficiente e, eventualmente, mais rápido.

Como o caso da primeira soja geneticamente modificada, a Soja RR (Roundup Ready), tolerante ao herbicida glifosato. Flexibilizando muito o manejo das plantas daninhas no campo. 


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